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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Anvisa deve atender nova realidade brasileira

Ex-presidente da Anvisa, Cláudio Maierovitch; diretor da Anvisa, José Agenor; deputado Saraiva Felipe; e diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.

Uma agência adaptada aos novos tempos vividos pelo Brasil. Este foi o tom da apresentação do diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, ao apresentar os avanços na gestão institucional da Anvisa, na tarde desta terça-feira (8/5) no Congresso Nacional.

Segundo Barbano, o processo de reestruturação em andamento tem como objetivo melhorar o trabalho da agência na proteção à vida do cidadão sem perder de vista a sua importância no desenvolvimento econômico e social. 

O diretor-presidente destacou a importância da Anvisa desempenhar suas atividades com uma visão global. “Somos uma economia aberta e cada vez mais exportamos para o mundo”. Ele destacou que  ter um olhar voltado para o desenvolvimento econômico do país é uma forma de combater a pobreza.

Sobre as mudanças em curso na Anvisa, Barbano afirmou que é necessário aumentar o foco sobre os pós-mercado, já que hoje a agência está mais centrada nas etapas de registro. Ele também destacou a iniciativa da instituição em submeter os gerentes da agência à sabatina pelos diretores, dando prioridade as indicações de servidores do quadro da agência.

A senadora Ana Amélia (PP/RS), que coordenou a mesa sobre a gestão da Anvisa, aproveitou a ocasião para encaminhar à diretoria perguntas de cidadãos sobre as principais dificuldades da Anvisa no momento atual, como necessidade de aumento de sua estrutura e as dificuldades em atender os prazos legais para o registro de produtos.

Para o deputado Rogério Carvalho (PT/SE) há uma necessidade de que a Anvisa foque o seu trabalho em processos públicos e reflita sobre sua abrangência de atuação. Para ele é preciso repensar as áreas de atuação da agência. “O Brasil dobrou de tamanho em dez anos. Temos que buscar definir a abrangência da Anvisa com mais precisão”, declarou Carvalho. Ele também ressaltou que no momento do crescimento do país e das tecnologias na área de saúde é importante que a Anvisa possa atender estas demandas.

O diretor da Anvisa José Agenor defendeu as iniciativas da Anvisa lembrando que a Agência tem como foco preservar o valor imponderável que é a saúde das pessoas. “A Anvisa deve interferir naquilo que é imprescindível para a saúde das pessoas”, lembrando ainda que todas as atividades da instituição estão voltadas para isso. 

Evolução da Vigilância Sanitária 

A mesa de encerramento do seminário “A Anvisa e o Desenvolvimento Social e Econômico do Brasil”, contou com as participação do ex-ministro da Saúde e atual deputado federal (PMDB/MG) Saraiva Felipe. Ele fez uma avaliação da evolução da vigilância sanitária no Brasil. Para o deputado, apesar da vigilância sanitária estar na própria origem da medicina moderna, ainda há muito desconhecimento das suas atividades por parte de alguns setores. Ele ressaltou que esta falta de entendimento é responsável por entendimentos equivocados sobre a atuação da Anvisa. “Os setores regulados, apesar do discurso de elogio à regulação, também reforçam a ideia da Anvisa como uma instituição burocrática quando tem os seus interesses contrariados”, criticou Saraiva.

Para o deputado isto se deve, em parte, ao fato da agência ter um corpo funcional independente e não ter sido ocupada pelo interesses do setor regulado. Ele também defendeu um fortalecimento da agência. “É papel do Congresso e da Frente Parlamentar da Saúde ajudar para que a Anvisa possa ser melhor estruturada”, declarou Saraiva Felipe.

O ex-presidente da agência, Cláudio Maierovitch também participou do evento. Ele destacou o impacto da criação da Anvisa na destinação de recursos para a vigilância sanitária que logo nos primeiros anos triplicou o orçamento destinado a esta atividade. “Outro impacto positivo foi o resgate da indústria brasileira de medicamentos e produtos para saúde”, defendeu Maierovitch ao destacar o ambiente regulatório mais seguro e eficiente inaugurado pela Anvisa.

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Regulação sanitária depende de diálogo com a sociedade 



Fonte: Carlos Augusto Moura – Imprensa / Anvisa

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