O lanche feito nas escolas pelos alunos ou levados de casa precisam ser
preparados e acondicionados de forma correta. A gerente de alimentos da
Vigilância Sanitária Estadual (Divisa), Rosana Barreto, alerta para
esses cuidados e a consequência para a saúde.
Outro ponto
abordado pela técnica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) é a
alimentação saudável. Para ela, o lanche vindo de casa é o mais indicado
para consumo dos estudantes, pois “é uma forma de garantir qualidade
nutricional e sensorial dos alimentos”, orientou.
Também foram
tema da entrevista os trabalhos que têm sido desenvolvidos na rede
pública sobre agrotóxico, alimentação saudável e cuidados com a higiene.
Ascom/SES
- Com a volta às aulas os alunos levam lanche de casa para a escola ou
lancham na cantina. O que deve ser observado na hora do lanche em
relação à higiene e às boas práticas de manipulação de alimentos?
Rosana
Barreto - O lanche vindo de casa é uma forma de garantir qualidade
nutricional e sensorial dos alimentos que as crianças vão ingerir
enquanto estiverem fora de casa. São estes alimentos que vão garantir o
crescimento e o desenvolvimento físico e intelectual das crianças. A
principal recomendação da Divisa é que os pais priorizem os lanches
elaborados em casa. Se não for possível, recomendamos que, além de
comprar lanches mais saudáveis, pais e alunos observem as condições de
higiene da cantina, bem como a manipulação desses alimentos. O
manipulador da cantina deve usar touca e avental, limpos e de cores
claras. Não devem usar aneis, pulseiras, brincos, relógios, etc. Todos
os alimentos devem estar cobertos e armazenados corretamente.
Ascom/SES - O que os pais devem fazer ao encontrar algo de errado nessas cantinas?
RB
- Devem procurar a direção do colégio para fazer as reclamações, bem
como a Vigilância Sanitária do seu município para fazer a denúncia.
Ascom/SES
- Vários tipos de alimentos podem ser levados pelos alunos para lanchar
na escola. Como devem ser conservados esses alimentos?
RB - Os
alimentos mais indicados são: frutas, frutas secas, sucos naturais,
barras de cereais, sanduíches naturais, água de coco, bolos, bolachas
sem recheio e iogurtes. Ao embrulhar o lanche, recomendamos aos pais
envolvê-lo em papel filme e depois colocar em um recipiente de plástico.
Se a criança levar suco natural feito em casa, é preciso utilizar
garrafa térmica para conservar as vitaminas da bebida e não estragar. As
lancheiras também merecem atenção especial. Elas devem ter o
certificado de que são térmicas, informação que é encontrada,
geralmente, na etiqueta do produto. Sanduíches e iogurtes podem ser
levados em vasilhas térmicas.
Ascom/SES - Como os alimentos mal conservados ou preparados podem prejudicar a saúde dos alunos?
RB - São vários os males que podem ser causados. Dentre elas, a diarreia,
vômito, desidratação, febre, enjoo e, em casos mais extremos, levar à
morte. É muito importante observar a temperatura que esses alimentos são
conservados, pois inibe o crescimento de microorganismos que deterioram
os alimentos. Uma dica para evitar doenças é o não uso da maionese, que
pode ser substituída, por exemplo, em sanduíches naturais pela
ricota.
Ascom/SES - A Divisa tem desenvolvido ações
na rede pública Estadual e na municipal. Quais são essas ações e qual o
objetivo delas?
RB - A Divisa já realizou ações educativas nas
escolas relacionadas a agrotóxicos nos alimentos, bem como treinamento
das merendeiras da rede Estadual, em parceria com a Secretaria de Estado
da Educação. Este ano, temos dois projetos que já estão sendo
realizados: o Treinavisa, que consiste no treinamento das merendeiras da
rede pública, em parceria com Secretarias de Educação dos municípios,
bem como o Educanvisa, com ações educativas nas escolas, voltadas para
educação sanitária dos alunos. Esse projeto visa conscientizar os alunos
da importância de uma alimentação saudável, os cuidados com a higiene
dos alimentos e o trabalho da Vigilância Sanitária.
Fonte: Agência Sergipe de Notícias - ASN