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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Governo do Estado promove Seminário para discutir agrotóxicos


Por Jorge Marques 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Vigilância Sanitária (Divisa), promoveu o 4º Seminário de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos e Alternativas Agroecológicas de Produção, nesta quinta-feira, 12, no auditório da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

O objetivo do evento é fortalecer o trabalho da rede intersetorial para redução do consumo de agrotóxico através dos alimentos hortifrutigranjeiros. O foco das discussões do evento foi a ratreabilidade dos alimentos.

Participaram do Seminário as Secretarias de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e Educação (SEED), Ministério Público Federal (MPF) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além dos órgãos públicos, integraram o Seminário a Associação Brasileira e Sergipana de Supermercados e a empresa Paripassu, desenvolvedora do sistema de rastreabilidade dos alimentos contratada pelos supermercados.

O evento faz parte das ações do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (PARA) da Anvisa, executado pela SES, em Sergipe. "Sergipe é o terceiro Estado brasileiro a implantar a rastreabilidade e isso representa um grande avanço. A maior beneficiada desse processo, já iniciado em algumas redes de supermercados, é a população que consome esses alimentos. O consumidor pode e deve exigir o código de rastreabilidade, que traz as informações sobre aquele produto", alertou Rosana Barreto, gerente de alimentos da Divisa.

Sobre a rastreabilidade, foi desenvolvido pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) um sistema para fazer o rastreamento dos alimentos hortifrutigranjeiros . "O sistema de Rastreamento e Monitoramento de Alimentos, o RAMA, começou a ser desenvolvido em 2006 e, atualmente, está pronto para ser utilizado em todo país", disse Márcio Milan, vice-presidente da ABRAS.

O diretor de Vigilância Sanitária da SES, Antônio de Pádua Pereira Pombo, explicitou números da venda de agrotóxicos no Brasil. "O Brasil é o maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Cerca de 20% de todo consumo mundial é despejado na nossa agricultura, na nossa comida e na nossa saúde. Atingimos, em 2013, 840 milhões de litros. Também são expressivos os números das importações em 2013: 7,4 bilhões de dólares, o que representa um crescimento de 14% em relação a 2012", contabilizou.

A chefe de gabinete da SES, Ana Márcia Menezes, representou a secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva Santos. "Esse evento diz respeito a nossa vida, ao nosso cotidiano que é a alimentação. Cuidar da nossa alimentação é cuidar da nossa saúde e da nossa família. E esse Seminário alerta para essa discussão, que já conta com uma importante ferramenta de rastreamento", disse.

"Eu fico muito feliz e faço questão de vir para esse evento discutir esse tema", refletiu Genival Nunes, secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Para o técnico da Anvisa, Juliano Malta, fazer a rastrabilidade de alimentos vegetais é um desafio para as Vigilâncias Sanitárias. "Parabenizo a Secretaria de Estado da Saúde por fazer de Sergipe o terceiro Estado a implantar a rastreabilidade, que é um assunto extremamente complicado quando a gente fala em hortifrutigranjeiros", afirmou.

Segundo o presidente da Emdagro, Jefferson Feitosa, é necessário ter preocupação com a qualidade da produção dos alimentos. "O Brasil produz bastante alimento, mas é preciso produzir com qualidade", disse.



Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - SES

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