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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Alimentos com substâncias irregulares são proibidos


A Anvisa proibiu nesta segunda-feira (17) quatro Alimentos para Atletas que contém fórmulas não autorizadas no país, conforme define a resolução RDC 18/2010.  Os produtos são o Isofast- MHP, Alert 8-hour-MHP, Carnivor e Probolic –SR-MHP.

O Carnivor, fabricado pela empresa MuscleMeds, apresentou teores de Vitamina B12 e B6, acima da ingestão diária recomendada, o que só é aceito para medicamentos. Além disso, foram encontradas substancias que não tem comprovação de segurança para o uso em alimentos: a Glutamina (alfa-cetoglutarato) e a Ornitina (alfa-cetoglutarato e alfa-cetoisocaproato).

Já o Probolic –SR-MHP, fabricado pela Maximum Human Performance Inc., foi suspenso por possuir ácido linoleico conjugado, substancia não considerada segura para uso em alimento. A rotulagem original também indica que o poduto possui aminoácidos de cadeia ramificada, que não devem ser indicados para atletas.

No caso do Isofast- MHP e Alert 8-hour-MHP, também fabricados pela Maximum, os problemas foram a presença de BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e Taurina.

Todos os produtos são distribuidos pela Nutrition Import Comercio Atacadista de Suplementos Ltda., e não podem mais ser comercializados no Brasil. Com a suspensão, as Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais farão a fiscalização. 



Fonte: Anvisa

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Saúde alerta para alimentação saudável nas escolas


O lanche feito nas escolas pelos alunos ou levados de casa precisam ser preparados e acondicionados de forma correta. A gerente de alimentos da Vigilância Sanitária Estadual (Divisa), Rosana Barreto, alerta para esses cuidados e a consequência para a saúde.

Outro ponto abordado pela técnica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) é a alimentação saudável. Para ela, o lanche vindo de casa é o mais indicado para consumo dos estudantes, pois “é uma forma de garantir qualidade nutricional e sensorial dos alimentos”, orientou.

Também foram tema da entrevista os trabalhos que têm sido desenvolvidos na rede pública sobre agrotóxico, alimentação saudável e cuidados com a higiene.

Ascom/SES - Com a volta às aulas os alunos levam lanche de casa para a escola ou lancham na cantina. O que deve ser observado na hora do lanche em relação à higiene e às boas práticas de manipulação de alimentos?

Rosana Barreto - O lanche vindo de casa é uma forma de garantir qualidade nutricional e sensorial dos alimentos que as crianças vão ingerir enquanto estiverem fora de casa. São estes alimentos que vão garantir o crescimento e o desenvolvimento físico e intelectual das crianças. A principal recomendação da Divisa é que os pais priorizem os lanches elaborados em casa. Se não for possível, recomendamos que, além de comprar lanches mais saudáveis, pais e alunos observem as condições de higiene da cantina, bem como a manipulação desses alimentos. O manipulador da cantina deve usar touca e avental, limpos e de cores claras. Não devem usar aneis, pulseiras, brincos, relógios, etc. Todos os alimentos devem estar cobertos e armazenados corretamente.

Ascom/SES - O que os pais devem fazer ao encontrar algo de errado nessas cantinas?

RB - Devem procurar a direção do colégio para fazer as reclamações, bem como a Vigilância Sanitária do seu município para fazer a denúncia.

Ascom/SES - Vários tipos de alimentos podem ser levados pelos alunos para lanchar na escola. Como devem ser conservados esses alimentos?

RB - Os alimentos mais indicados são: frutas, frutas secas, sucos naturais, barras de cereais, sanduíches naturais, água de coco, bolos, bolachas sem recheio e iogurtes. Ao embrulhar o lanche, recomendamos aos pais envolvê-lo em papel filme e depois colocar em um recipiente de plástico. Se a criança levar suco natural feito em casa, é preciso utilizar garrafa térmica para conservar as vitaminas da bebida e não estragar. As lancheiras também merecem atenção especial. Elas devem ter o certificado de que são térmicas, informação que é encontrada, geralmente, na etiqueta do produto. Sanduíches e iogurtes podem ser levados em vasilhas térmicas.

Ascom/SES - Como os alimentos mal conservados ou preparados podem prejudicar a saúde dos alunos?

RB - São vários os males que podem ser causados. Dentre elas, a diarreia, vômito, desidratação, febre, enjoo e, em casos mais extremos, levar à morte. É muito importante observar a temperatura que esses alimentos são conservados, pois inibe o crescimento de microorganismos que deterioram os alimentos. Uma dica para evitar doenças é o não uso da maionese, que pode ser substituída, por exemplo, em sanduíches naturais pela ricota.

Ascom/SES - A Divisa tem desenvolvido ações na rede pública Estadual e na municipal. Quais são essas ações e qual o objetivo delas?

RB - A Divisa já realizou ações educativas nas escolas relacionadas a agrotóxicos nos alimentos, bem como treinamento das merendeiras da rede Estadual, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação. Este ano, temos dois projetos que já estão sendo realizados: o Treinavisa, que consiste no treinamento das merendeiras da rede pública, em parceria com Secretarias de Educação dos municípios, bem como o Educanvisa, com ações educativas nas escolas, voltadas para educação sanitária dos alunos. Esse projeto visa conscientizar os alunos da importância de uma alimentação saudável, os cuidados com a higiene dos alimentos e o trabalho da Vigilância Sanitária.



Fonte: Agência Sergipe de Notícias - ASN

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Saúde alerta para o uso indevido de medicamentos

Gerente de medicamentos da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Elisdete Santos

Por Jorge Marques 

Entre os anos de 2012 e 2013, o Centro de Investigação Toxicológica (Ciatox) registrou 1.784 casos de intoxicação por medicamentos, sendo 949 casos em 2012 e 835 em 2013. Dentre as causas estão a automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos pela população.

A gerente de medicamentos da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Elisdete Santos de Jesus, alerta que o uso indevido de medicamentos pode mascarar e agravar doenças, causando diversos malefícios à saúde.

Para a técnica da SES, "é importante que as pessoas procurem a orientação de médicos e farmacêuticos antes de consumir quaisquer tipos de medicamentos. Os farmacêuticos devem estar presentes nas farmácias durante todo o horário de funcionamento".

Ela também aborda sobre os riscos à saúde a quem compra medicamentos pela internet e usa a rede para buscar informações sobre diagnóstico e tratamento de doenças. 

ASCOM/SES - Qual é a diferença entre a automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos? 

Elisdete Santos de Jesus - A automedicação é determinada pelo uso de remédios escolhidos pelo próprio paciente ou por indicações recebidas de pessoas não habilitadas, por exemplo, amigos e familiares. Ocorre quando os remédios são usados por conta própria e sem a avaliação de um profissional de saúde. Essa prática pode levar ao agravamento da doença, já que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas e fazer com que a doença evolua para uma forma mais grave. Já o uso indiscriminado de medicamentos está relacionado ao consumo excessivo e constante destes produtos, a medicalização. É uma forma de encontrar a cura para doenças e promover o bem-estar usando exclusivamente medicamentos. 

ASCOM/SES - Quais são os medicamentos mais utilizados pelas pessoas sem o devido acompanhamento profissional? 

ESJ - Analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios ainda são vendidos nas farmácias sem a necessidade de apresentação da receita médica. Geralmente, as pessoas buscam o alívio rápido para um incômodo que consideram ser apenas momentâneo. Neste caso, a compra de medicamentos sem receita médica apresenta-se como o caminho mais fácil para o alívio dos incômodos. 

ACOM/SES - Quais são os riscos e as consequências da automedicação e do uso indiscriminado de medicamentos? Eles podem causar algum outro problema à saúde? 

ESJ - Tomar remédio para o alívio da dor sem investigar a causa é um perigo. A dor é um alarme do corpo para um problema. É preciso saber qual a causa. Neste sentido, o uso de um medicamento por conta própria pode mascarar uma doença ou um problema mais grave. Ingerir medicamentos sem o conhecimento de um médico e/ou orientação de um farmacêutico causa diversas implicações. A combinação errada de algumas substâncias pode ter efeitos potencializados ou até mesmo anulados quando administrados com outras medicações, determinados tipos alimentos e bebidas alcoólicas. 

ASCOM/SES - Os medicamentos de venda livre apresentam algum risco para a saúde das pessoas? Quais são? 

ESJ - Os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP), ou de venda livre, tem como objetivo tratar sintomas ou doenças leves, de forma rápida e econômica, sem a necessidade de procurar um médico, tendo a ocasional orientação do profissional responsável, que é o farmacêutico. Esta prática exige cuidados para evitar riscos de intoxicação, interação medicamentosa e uso indevido. Além disso, idosos, gestantes e crianças fazem parte de um grupo arriscado de pacientes com relação à dose e contra-indicação. Para esse grupo recomenda-se que procure um médico para avaliação na utilização de qualquer medicamento. 

ASCOM/SES - É correta a venda de remédios pela internet? Apresenta riscos? 

ESJ - A venda de medicamentos só é possível desde que exista uma farmácia real, física, com um telefone de contato para a orientação do paciente pelo farmacêutico. O comércio eletrônico de medicamento na Internet vem chamando atenção devido aos riscos gerados. Dentre alguns problemas, pode-se destacar a compra de medicamentos de origem desconhecida, falsificados ou adulterados, de origem estrangeira sem registro da ANVISA, com concentração inadequada ou contaminada, infringindo a Lei 9.677/98, sem registro na ANVISA, com validade vencida, desrespeitando a Lei 6.437/77 e a falta de garantia na estabilidade físico-química e microbiológica do medicamento durante o transporte dele até o consumidor. 

ASCOM/SES - Muitas pessoas procuram informações para a cura de algum sintoma na internet. Quais são os riscos dessa prática? 

ESJ - Essas informações podem levar à automedicação, a erros de diagnósticos, à escolha inadequada de uma terapia, podendo retardar o reconhecimento de uma doença, com a possibilidade de agravá-la. Sintomas iguais podem ter causas diferentes e são indicativos de problemas de saúde. Dessa forma, antes da prescrição, a consulta médica, o exame clínico e a realização de exames complementares são fundamentais. 

ASCOM/SES - Nas farmácias, quando o consumidor deve procurar o farmacêutico? Os estabelecimentos são obrigados a manter um profissional para orientá-lo? 

ESJ - As farmácias e as drogarias devem ter, obrigatoriamente, a assistência de farmacêutico responsável técnico ou de seu substituto, durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento, nos termos da legislação vigente. 

ASCOM/SES - O que o consumidor deve observar na farmácia antes de comprar seu medicamento? Se a farmácia não estiver de acordo com as normas sanitárias, como o consumidor pode fazer a denúncia para a autoridade sanitária? 

ESJ - De acordo com a ANVISA, o estabelecimento deve manter a Licença ou Alvará Sanitário e a Certidão de Regularidade Técnica afixados em local visível ao público. Se a farmácia não tiver de acordo com essas determinações, o consumidor pode procurar a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal, bem como órgão de Ouvidoria da SES e denunciar o estabelecimento.



Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - SES